Documentário sobre o México encerra atividades do Cine Debate 2019

 Documentário sobre o México encerra atividades do Cine Debate 2019

Atualizado em 26/05/2023

A última edição do Cine Debate de 2019, será no dia 27 de novembro (quarta-feira), às 19h, com o documentário “EZLN Autonomía em rebeldía“. A atividade contará com a mediação da diretora de formação, Roselaine Frigeri e a presença da debatedora Pamela Cervelin Grassi, licenciada em História pela Universidade de Caxias do Sul, mestra em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina, especialista em fontes e métodos de investigação pela Universidad Autónoma de México e também professora de História e Geografia da Rede Municipal de Caxias do sul. A atividade é gratuita e aberta ao público.

Linha do Documentário  – Zapatistas: Trata-se de uma guerrilha que nasceu no estado de Chiapas, no sul do México. Seu nome é uma homenagem ao revolucionário Emiliano Zapata (1879-1919), que liderou uma luta pela reforma agrária no país no início do século 20. Os zapatistas ganharam fama internacional no dia 1º de janeiro de 1994, quando uma milícia com homens encapuzados – o Exército Zapatista de Libertação Nacional – ocupou as prefeituras de diversas cidades na região de Chiapas. Os zapatistas queriam chamar a atenção do mundo para as três principais reivindicações do movimento:

1. O fim da marginalização dos indígenas locais, descendentes dos maias;

2. A extinção do NAFTA, o tratado de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá, visto por eles como exemplo de submissão ao poder americano;

3. Combater a corrupção na política local. “Pela primeira vez na história, a luta armada não foi empregada para derrubar o sistema, mas para exigir a inclusão nele. Os zapatistas queriam a abertura do diálogo e o reconhecimento dos índios na discussão do sistema democrático”, diz o cientista político Héctor Luis Saint-Pierre, da Universidade Estadual Paulista (Unesp). A ação durou pouco: pressionados pelo exército mexicano, os zapatistas deixaram as cidades horas depois. Alguns guerrilheiros foram presos ou processados, mas ninguém morreu. “A guerrilha nunca mais disparou uma bala. Mas ela se manteve em evidência por usar muito bem a internet e a televisão para divulgar manifestos e cobrar o governo”, afirma o historiador Guilherme Gitahy de Figueiredo, da Universidade Estadual do Amazonas. (Fonte: Revista Super Interessante/ Abril 2019)

 

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