Setembro amarelo. Vamos falar?

 Setembro amarelo. Vamos falar?

Atualizado em 26/05/2023

Na manhã desta quinta-feira (15/09), o auditório do Sindiserv recebeu servidores de diversas áreas para tratar de um tema de grande importância: o setembro amarelo, mês de prevenção ao suicídio. A abertura da palestra, conduzida pelo psiquiatra Ledo Daruy Filho, foi feita pela presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, a titular da Secretaria Municipal de Recursos Humanos e Logística (SMRHL), Daniela Reis e o chefe de gabinete, Cristiano Becker da Silva.

O suicídio tem causado um número elevado de mortes em todo o mundo. Os últimos dados compilados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta de 800 mil mortes no ano: uma morte a cada 40 segundos.

Quem quer um abraço?

Silvana Piroli deu as boas vindas e destacou a importância de falar sobre o tema. “Quando alguém se machuca ou têm alguma dor física, é natural que as pessoas se preocupem com a recuperação ao passo que as dores psíquicas não podem ser vistas. Quem de nós aqui não gostaria de receber um abraço hoje?”, questionou.

Dados sobre suicídio

O médico psiquiatra, Ledo Daruy Filho apresentou dados importantes sobre as taxas de suicídio no âmbito internacional, nacional e estadual. O primeiro colocado em suicídios no mundo é o país de Lesoto, no ranking, o Brasil ocupa a 23ª posição.  O Rio Grande do Sul é o detentor da maior taxa nacional. “Muitos dos dados são subnotificados. No RS, 80% dos casos é entre homens. As tentativas e pensamentos, se dão mais em mulheres que homens, mas os óbitos são mais entre os homens que utilizam métodos mais agressivos e mais eficazes. Além disso, os homens têm mais dificuldade de encontrar auxílio”, destaca.

Adolescentes e negros

Em 2016, houve um aumento no crescimento de suicídio envolvendo adolescentes entre 15 e 19 anos de idade. Durante a pandemia, em 2020, percebeu-se um aumento desproporcional de suicídios entre pessoas de pele negra.

Os por quês do suicídio

De acordo com Daruy Filho, são múltiplas as causas do suicídio.  “Não pode ser causado por apenas um fator, precisamos pensar em forma coletiva, somando transtornos mentais, personalidade, questões ambientais e aspectos culturais”, explica.

Suicídio e estressores ambientais

Nos últimos anos, houve um aumento do transtorno de ansiedade. O perfil dos pacientes no consultório mudou. “Como você está usando o seu tempo?”, questiona o médico? Na conta das questões ambientais e do estilo de vida, existem estudo sobre o celular para falsa sensação de repouso. Mas lembre-se falar é sempre importante.

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