Ato contra a Reforma Trabalhista na Justiça do Trabalho
Atualizado em 26/05/2023
Durante a manhã desta terça-feira (11/07), os movimentos sociais e de trabalhadores de Caxias do Sul ocuparam a praça Dante Alighieri para uma vigília contra a aprovação da Reforma Trabalhista. Estava prevista a votação no plenário do Senado Federal do PLC 38/2017, já aprovado pela Câmara dos Deputados, o mais nefasto da história do parlamento brasileiro, no que se refere à retirada de direitos trabalhistas e à desconstrução do direito do trabalho no Brasil, conforme avaliação das lideranças sindicais.
No início da tarde, os participantes da vigília se dirigiram ao Foro Trabalhista de Caxias do Sul para participar de ato no local. O juiz diretor do Foro, Rafael da Silva Marques, destacou a importância da mobilização de todos para barrar as reformas. Marques integra a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), entidade que tem denunciado em notas e manifestações públicas o PLC 38/2017 como o maior projeto de retirada de direitos trabalhistas já discutido no Congresso Nacional desde o advento da CLT. O juiz ainda faz parte da Associação Juízes pela Democracia (AJD), que tem postura semelhante. Citando essas entidades, Rafael Marques enfatizou que é contra a reforma trabalhista: “Essas cruzes, cartazes e faixas que vocês trouxeram aqui traduzem bem o momento que estamos atravessando. Se a reforma não for aprovada hoje, é a nossa chance de fazer crescer a consciência e buscar o engajamento de cada cidadão e cidadã neste movimento, para que a opinião da maioria da população possa ser ouvida e respeitada”, alertou.
Henrique Silva, presidente do Sindilimp, agradeceu a acolhida dos juízes e relatou a atuação do movimento sindical contra as consequências do golpe constituído no país: “Temos feito um movimento de resistência e isso tem atrasado a votação que estava prevista ainda para março e abril”, afirmou.
“Só quem trabalha como terceirizado sabe quantas injustiças precisa enfrentar”, declarou o representante do Sintrajufe/RS, Lázaro Acosta. Segundo ele, a terceirização indiscriminada precisa ser evitada. Lázaro disse que a resistência dos movimentos sindicais e sociais está dando resultado, pois atrasou o calendário de votações das reformas.
Representando o Sindicato dos Bancários, Nelso Bebber ponderou que o que vem acontecendo faz parte da agenda do golpe: “O que eles querem é aplicar políticas neoliberais com a maior brevidade possível, favorecendo o grande capital nacional e internacional”, denunciou.
Leonir Taufe, representando a Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas (Agetra), alertou que esta reforma tem uma intenção clara de restringir a atuação da Justiça do Trabalho. “Isso vai prejudicar inclusive os advogados que trabalham defendendo o interesse das empresas”, explicou.
Após o ato, a vigília na praça Dante teve continuidade, com cruzes, cartazes, lápides e velas para mostrar que a reforma trabalhista representa a morte dos direitos dos trabalhadores.
Fotos: Rose Brogliato
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